Pelas janelas da vida;
O Eu observa homens dormindo
Dentro da carência e do silencio.
O coração é um universo louco
De lembranças, desejos e paixões.
Sempre e sempre.
Na madrugada homens solitários
Queimam seus espectros
Pela noite adentro;
Quando a garganta senti o fogo
Fortalecer seus segredos temporários
Em garrafas envelhecidas,
Que tingem as alegrias
E os monstros que vagam
Dentro desses pequenos homens.
A carência da matéria
Não cicatriza o silencio.
Domina a crença e devasta
O destino do homem.
Que perdura pelas correntezas
Das riquezas e das dores
Que nunca cicatrizam.
Acreditar é preciso.
Que as estrelas refletem no céu
A vida pedindo passagem
Pelos palcos do universo de Deus.
Este Deus tão silencioso.