O RETRATO DE DORIAN
GRAY – Oscar Wilde
O artista é o criador de coisas maravilhosas.
Revelar a arte, esconder o artista é a meta da arte.
O critico é aquele capas de traduzir para uma oura
maneira, ou para um novo material, sua impressão das coisas maravilhosas.
Tanto a forma mais elevada como a forma mais baixa de crítica
é um modo de autobiografia.
Os que descobrem significados feios nas coisas
maravilhosas são corruptos deselegantes. Isto é um erro.
Os que descobrem significados maravilhosos em coisas
maravilhosas são os ilustrados. Para eles, há esperança.
São os eleitos, para quem as coisas maravilhosas
significam apenas beleza.Não existe isso de livros morais e imorais. Livros são
coisas bem escritas ou mal escritas. É só.
Nenhum artista deseja provar coisa alguma. Até mesmo as coisas
verdadeiras ser provadas.
Não há artista mórbido. O artista pode expressar qualquer
coisa.
O pensamento e a língua são, para o artista, instrumentos
de uma arte.
O vicio e a virtude são para o artista, matéria de uma
arte.
Sob o ponto de vista da forma, o tipo de todas as artes é
a arte do musico. Sob o ponto de vista da sensação. O oficio do ator é o tipo.
Toda arte é, ao mesmo tempo, superfície e símbolo.
É o espectador, e não a vida, que a arte, na verdade,
espelha.
Quando os críticos discordam, o artista está em acordo
consigo mesmo.
Podemos perdoar um homem por fazer uma coisa útil, desde
que ele não a admire. A única desculpa para se fazer uma coisa inútil é que
admiremos com intensidade.
Toda arte é demasiado inútil.
Oscar Wilde – O retrato de Dorian Gray – escrito em 1891.